segunda-feira, 23 de maio de 2011

ÁGUA VIVA - TEXTO

ÁGUA VIVA





A água-viva é provavelmente uma das criaturas mais estranhas e misteriosas que você poderá encontrar. Com seu corpo gelatinoso e seus tentáculos bamboleantes, ela se parece mais com algo de um filme de terror do que com um animal de verdade. Mas se conseguir deixar a estranheza de lado, e o fato de que se você chegar muito perto de uma água-viva resultará em uma ardência terrível, irá descobrir que ela é muito fascinante. A água-viva existe há mais de 650 milhões de anos e é representada por milhares de espécies diferentes, sendo que novas espécies são descobertas a todo o momento.

Imagem cedida por Kevin Connors /MorgueFile
As águas-vivas são animais marinhos, que variam de tamanho, podendo medir de menos de 2,5 cm a cerca de 2m, com tentáculos chegando até a 30,5 m de comprimento. Embora muitas sejam planctônicas, ou seja, sua locomoção depende da mercê das correntes ou é tão limitada que não podem vencê-las, algumas água-vivas conseguem nadar lançando um jato de água.
A água-viva faz parte do filo dos Cnidários, (da palavra grega "urtiga que queima") e da classe dos Cifozoários (da palavra grega "xícara ou taça", referindo-se ao formato do corpo da água-viva). Todas as espécies dos cnidários têm uma boca no centro do corpo, e envolvida por tentáculos. Outros cnidários, parentes da água-viva incluem corais, anêmonas do mar e a caravela-portuguesa.
A água-viva é composta por cerca de 98% de água. Se ela encalhar na praia, praticamente irá desaparecer à medida que a água evaporar. A maioria é transparente e tem o formato de um sino. Seu corpo tem simetria radial, o que significa que os membros se estendem de um ponto central como os raios de uma roda. Se você cortar uma água-viva pela metade em qualquer ponto, sempre terá partes iguais. Ela tem um corpo muito simples: não possui ossos, cérebro nem coração. Para ver a luz, detectar odores e se orientar, a água-viva tem nervos sensoriais rudimentares na base de seus tentáculos.










O corpo da água-viva geralmente é composto de seis partes básicas:
• aepiderme, que protege os órgãos internos;
• agastroderme, que é a camada interna;
• amesogléia, ou parte gelatinosa intermediária, entre a epiderme e a gastroderme;
• acavidade gastrovascular, que funciona como um conjunto do esôfago, estômago e intestino, tudo em um só;
• umorifício que funciona como boca e ânus;
• tentáculos que formam a extremidade do corpo.
Uma água-viva adulta é uma medusa, que recebeu este nome por causa de Medusa, a criatura mitológica com cobras no lugar do cabelo, que poderia transformar os seres humanos em pedra com um simples olhar. Depois que o macho libera seu esperma na água por seu orifício, o esperma nada até o orifício da fêmea e fertiliza os óvulos.


Várias dezenas de larvas de água-viva podem ser concebidas de uma só vez. Finalmente, elas flutuam nas correntes e procuram uma superfície sólida para se fixarem, como uma rocha. Ao se fixarem, elas se tornam pólipos, cilindros ocos com uma boca e tentáculos na parte superior. Posteriormente, os pólipos se desenvolvem em uma água-viva jovem, chamada éfira. Depois de algumas semanas, a água-viva se desprende e se desenvolve, tornando-se uma medusa adulta. Uma medusa vive cerca de três a seis meses.
Quando a água-viva ataca!
Parece algo extraído do filme "Godzilla": monstros marítimos gigantes invadiram os mares do Japão. Eles têm 1,82 m de comprimento e pesam até 225 kg. Eles causaram danos à indústria pesqueira nacional e infligiram algumas fisgadas mortais nos seres humanos. Eles foram responsáveis até pelo desligamento temporário de uma usina de energia nuclear depois que entraram no seu sistema de resfriamento. Essas criaturas eram águas-vivas, que os japoneses chamam de echizenkurage. Alguns especialistas atribuem o influxo de águas-vivas às chuvas pesadas na China, que direcionaram as criaturas marítimas para os mares do Japão. Felizmente, os japoneses encontraram uma utilização para as diversas águas-vivas enormes que capturaram: água-viva desidratada e salgada. Está servido?

A ÁGUA VIVA E O EVOLUCIONISMO
O primeiro animal a surgir na Terra foi a água-viva-de-pente que vagueia no oceano, e não a simples esponja, de acordo com uma nova descoberta que tem chocado os cientistas que não imaginavam que a primeira criatura pudesse ser uma criatura tão complexa. O grande problema dessa descoberta é que as águas vivas são mais complexas que as esponjas, há muito tempo consideradas como os animais mais primitivos porque não dispõem de tecidos e órgãos. Colocar uma água viva na base da árvore de Darwin leva o mistério da evolução dos tecidos complexos para um passado que não pode ser observado.CaseyDunn, membro da equipe de estudo da Brown University, em RhodeIsland, diz que as antigas água-vivas provavelmente pareciam diferentes das atuais.

"Isto foi um choque completo", disse CaseyDunn "Tão chocante que inicialmente pensamos que alguma coisa tinha corrido muito mal."

A equipe de Dunn verificou e voltou a verificar os seus resultados mas acabavam por obter sempre os mesmos resultados: a água-viva-de-pente surgiu primeiro. Os resultados estão detalhados na edição da revista Nature de 10 de Abril, uma revista que, como a maioria das revistas respeitadas, exige que outros cientistas façam uma revisão ao trabalho antes dele ser publicado. A descoberta foi inesperada porque os biólogos evolucionistas pensavam que animais menos complexos tinham-se dividido primeiro e depois evoluído separadamente. Dunn diz que dois cenários evolutivos podem explicar porque as águas-vivas-de-pente teriam sido realmente as primeiras entre os animais. O primeiro cenário é que a água-viva-de-pente teria evoluído a sua complexidade de forma independente de outros animais após se ramificar para formar o seu próprio caminho.
O segundo é que a esponja evoluiu a sua forma mais simples a partir de uma forma de vida mais complexa. Esta segunda possibilidade sublinha o fato de "evolução não ser necessariamente apenas uma marcha em direção a uma complexidade crescente", disse Dunn.
Cada vez mais a tal árvore da vida de Darwin está mais para um gramado com a criação repentina de diversos animais segundo a sua espécie.

terça-feira, 10 de maio de 2011

EXERCICIOS OR. SUBORD. ADVERBIAIS



1. Leia a tira e responda:

a. Quantas orações possui esse período: ___________
b. Classifique esse período: _____________________
c. 1ª oração: _________________________________
___________________________________________
d. 2ª oração: _________________________________
_____________________________________________________________________________________

e. A oração “porque não quiseram cumprir com seus direitos trabalhistas” também exerce a função de:
( ) subordinada substantiva objetiva direta
( ) subordinada substantiva apositiva
( ) subordinada adverbial causal
( ) subordinada adverbial causal.

2. Leia os trechos da música:
“Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós,
Tenho que apagar a luz,
Tenho que calar a voz” ...

“Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar,
Tenho que subir aos Céus,
Sem cordas pra segurar”.


a) O que o compositor quer, deseja?
_____________________________________________________________________________________

b) Quais as condições para ele conseguir o que quer?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) Circule todas as conjunções presentes na letra da música:
d) Classifique as orações que as conjunções introduzem:
_____________________________________________________________________________________


3. Assinale a alternativa em que a segunda oração exprime condição para que se realize o que é expresso pela primeira:

( ) As reformas poderiam vir contanto que não abolissem os velhos rituais.
( ) O padre Geronimo perguntou se o professor era um crente.
( ) A igreja está voltando às suas origens se bem que tenha cortejado os poderosos.
( ) Era necessário contentarem-se com a má sorte embora não estivessem convencidos disso.

4. Leia, circule as conjunções e classifique as orações subordinadas adverbiais abaixo:

a) À medida que a notícia do incêndio se espalhava, a confusão aumentava.
_____________________________________________________________________________________


b) O diretor age conforme exigia aquela situação.
_____________________________________________________________________________________

c) Ainda que seja tão necessário ao mundo moderno, o petróleo é uma fonte de poluição.
_____________________________________________________________________________________

d) Se todos colaborarem, terminaremos o projeto antes do feriado.
_____________________________________________________________________________________

e) Como estava muito resfriado, preferiu não comparecer à reunião.
_____________________________________________________________________________________

f) Quanto mais se aproximava a hora da viagem, mais a pressa aumentava.
_____________________________________________________________________________________

g) Os alunos saíram assim que o sinal tocou.
_____________________________________________________________________________________

h) As ondas do mar eram tão altas que até a surfistas ficaram receosos.
_____________________________________________________________________________________

i) Coloquei um peso sobre as folhas, para que o vento não as levasse.
_____________________________________________________________________________________

j) Na sala de reunião, Vera se sentia mais à vontade que os outros funcionários.
_____________________________________________________________________________________

5. Leia, com atenção, os períodos abaixo:

I. Caso haja justiça social, haverá paz.
II. Embora a televisão ofereça imagens concentradas, ela não fornece uma reprodução fiel da realidade.
III. Como todas aquelas pessoas estavam concentradas, não se escutou um único ruído.

Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstâncias indicadas pelas orações destacadas:

a) tempo, concessão, comparação.
b) Tempo, causa, concessão
c) Condição, consequência, comparação
d) Condição, concessão, causa
e) Concessão, causa, conformidade

LISTA DE EXERCICIOS 121

Observe a figura e julgue os itens a seguir





a.( ) No primeiro quadrinho temos três orações e períodos compostos por subordinação.

b. ( ) No terceiro quadrinho, a fala de Calvin representa um período composto por coordenação, por se tratar de uma oração coordenada assindética.

c. ( ) A razão pela qual a mãe de Calvin não acreditou em sua história se dá pelo fato do menino gesticular bastante.

d. ( ) Nos quadrinhos 1, 2 e 4 temos períodos compostos por coordenação, porque todos possuem duas orações coordenadas.

e. No terceiro quadrinho, na fala de Calvin, temos um exemplo de frase nominal, por não possuir verbo em sua composição.

2. Leia os períodos com atenção. Julgue cada item:


( ). Na oração “Recebeu dinheiro da pensão, mas gastou tudo”, temos um exemplo de oração coordenada aditiva.

( ). Em “Ora faz frio, ora faz calor”, temos um período composto por coordenação.

( ). “Pagou a dívida, portanto não deve mais nada” – Oração Coordenada Sindética Conclusiva.
( ). “Saíram cedo e ainda não chegaram ao destino”, não há presença de conjunção.

( ). Partiram tristes, depois retornaram felizes – Período Composto por subordinação.



3. (Acadepol – ES) No período Penso, logo existo, a oração destacada é:

a. ( ) coordenada sindética conclusiva
b.( ) coordenada sindética aditiva
c.( ) coordenada sindética alternativa
d.( ) coordenada sindética adversativa
e.( ) coordenada sindética explicativa



4. (TCE – BA) Há oração coordenada adversativa na opção:

a.( ) A paisagem perdeu o encanto da frescura.
b.( ) O autor sobre quem falávamos fará uma palestra amanhã.
c.( ) Não vejo flores nesta primavera.
d.( ) Estudamos toda a matéria para o concurso.
e.( ) Vesti-me rapidamente, tomei um táxi, mas cheguei atrasado.

5. Leia a canção-poema e responda o que se pede:
CARINHOSO
(Pixinguinha e João de Barro)

Meu coração
Não sei por que
Bate feliz, quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim, foges de mim
Ah! Se tu soubesses
Como sou tão carinhoso
E muito e muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim
Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor
Dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar esta paixão
Que me devora o coração
E só assim então
Serei feliz, bem feliz
a. Explique a expressão: “Os meus olhos ficam sorrindo”...
____________________________________________________________________________


b. Justifique o título dessa canção-poema:
___________________________________________________________________________________________________________________________________________

c. A linguagem conotativa está presente
em todo o poema. Transcreva dois trechos que comprovem essa afirmação.
__________________________________________________________________________________________________________________________________________

d. Com que intenção o autor repetiu
determinados termos – muito; vem - no poema? Explique.
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Se você mudasse o título desse poema,
qual seria o escolhido? Por quê?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________

LISTA DE EXERCICIO 131

Leia o texto abaixo e julgue os itens a seguir:

"DIZEM QUE É UM GALHO MAL-ASSOMBRADO!!"


A.(C) (E) O período inserido no texto possui duas orações.
B.(C) (E) Oração principal: “dizem”.
C.(C) (E) Oração subordinada substantiva objetiva direta: “que é um galho mal-assombrado”.
D.(C) (E) A subordinada é introduzida por um conectivo – a conjunção integrante que – e possui verbo no indicativo – é.
E.(C) (E) Essa mesma oração poderia ser expressa sem o conectivo e com verbo em uma das formas nominais – infinitivo, gerúndio ou particípio.


2. O texto a seguir se refere às duas questões abaixo:
“[...] Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
- Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte, [...]”

a. As orações, “Desafia o nosso peito a própria morte” e “que um filho teu não foge à luta” classificam-se, respectivamente, como:

a) principal e subordinada substantiva subjetiva;
b) principal e subordinada substantiva objetiva indireta;
c) principal e subordinada substantiva objetiva direta;
d) subordinada substantiva subjetiva e subordinada substantiva objetiva direta.
e) subordinada substantiva completiva nominal e subordinada substantiva apositiva.

8. Quanto à letra do Hino Nacional Brasileiro, todas as alternativas estão corretas, exceto uma:

a) O trecho acima da letra do Hino Nacional Brasileiro foi extraído da primeira parte e da segunda parte deste.

b) O trecho não segue a sequência correta do Hino Nacional Brasileiro.

c) Os versos anteriores a primeira parte do trecho do Hino Nacional Brasileiro apresentado acima, corresponde a: “OUVIRAM DO IPIRANGA AS MARGENS PLÁCIDAS UM POVO HERÓICO O BRADO RETUMBANTE, E O SOL DA LIBERDADE, EM RAIOS FÚLGIDOS, BRILHOU NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE.”

d ) Os versos posteriores a segunda parte do trecho do Hino Nacional Brasileiro apresentado acima, corresponde a :
“TERRA ADORADA,
ENTRE OUTRAS MIL,
ÉS TU, BRASIL,
Ó PÁTRIA AMADA!
DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE GENTIL,
PÁTRIA AMADA,
BRASIL!”

e) Os versos anteriores a primeira parte do trecho do Hino Nacional Brasileiro apresentado acima, corresponde a:

“OUVIRAM DA IPIRANGA AS MARGENS PLÁCIDA
DE UM POVO HERÓICO O BRADO RETUMBANTE,
E O SOL DA LIBERDADE, EM RAIOS FÚLGIDOS,
BRILHOU NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE.”


9. Classifique as orações subordinadas abaixo:
a. É sabido que os garimpeiros portam armas de fogo.
_____________________________________________________________________________________

b. O importante agora é que obtenha apoio de outras organizações ligadas ao índio.
_____________________________________________________________________________________

c. Há muito tempo venho dizendo que não entendo esse tal de povo brasileiro.
_____________________________________________________________________________________

d. Juro que amanhã eu vou bem cedo pro trabalho.
_____________________________________________________________________________________

e. Temos necessidade de que você nos auxilie.
_____________________________________________________________________________________

f. Devido ao rigoroso inverno, meu desejo é que passemos nossas férias em um lugar quente.
_____________________________________________________________________________________

g. Todos precisamos de que haja entendimento em nosso convívio.
_____________________________________________________________________________________


h. Eis a nossa vontade: que você supere os problemas.
_____________________________________________________________________________________

i. Eram favoráveis a que houvesse um debate com o grupo.
_____________________________________________________________________________________

j. É preciso que você saiba entender a vida.
_____________________________________________________________________________________

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Orações Subordinadas Substantivas
São orações que exercem a mesma função que um substantivo, na estrutura sintática da frase. TODAS AS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS SÃO INICIADAS POR CONJUNÇÃO INTEGRANTE “QUE”.
Exemplo 1:
- A menina quis que eu comprasse sorvete. (período composto)
A menina = sujeito;
Quis = verbo transitivo direto;
Que eu comprasse sorvete = Oração subordinada substantiva Objetiva direta
Portanto podemos ter oração subordinada substantiva de 6 tipos:
1. Subjetiva: ocupa a função de sujeito.
Exemplos:
- É preciso que o grupo melhore.

Verbo de Ligação (É) + predicativo (preciso) = Or. Subord. Substantiva Subjetiva

- Consta que esses homens foram presos anteriormente.

Verbo na terceira pessoa na oração principal

- Foi confirmado que o exame deu positivo.
- Confirmou-se que o exame deu positivo.
Voz passiva analítica ou sintética

2. Predicativa: ocupa a função do predicativo do sujeito.
Exemplos:
- A dúvida é se você virá.
Sujeito + Verbo de Ligação
- A verdade é que você não virá.
Sujeito + Verbo de Ligação

3. Objetiva Direta: ocupa a função do objeto direto. Completa o sentido de um Verbo Transitivo Direto.
Exemplos:
- Nós queremos que você fique.
Sujeito + Verbo Transitivo Direto
- Os alunos pediram que a prova fosse adiada.
Sujeito + Verbo Transitivo Direto

4. Objetiva Indireta: ocupa a função do objeto indireto.
Exemplos:
- As crianças gostam (de) que esteja tudo tranqüilo.
Sujeito + Verbo Transitivo Indireto
- A mulher precisa de que alguém a ajude.
Sujeito + Verbo Transitivo Indireto

5. Completiva Nominal: ocupa a função de um complemento nominal.
Exemplos:
- Tenho vontade de que aconteça algo inesperado.
Sujeito + nome
- Toda criança tem necessidade de que alguém a ame.
Sujeito + nome

6. Apositiva: ocupa a função de um aposto.
Exemplos:
- Toda a família tem o mesmo objetivo: que eu passe no vestibular.
Geralmente vem precedida de dois pontos.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

COMPLEMENTO VERBAL

Complemento verbal

Os complementos verbais completam o sentido dos verbos transitivos. Estes complementos podem ligar-se ao verbo através de um preposição ou sem o auxílio dela. Quando há necessidade de preposição, o objeto é dito indireto; quando ela não é necessária, o objeto é dito direto. Alguns verbos podem aceitar ao mesmo tempo um objeto direto e outro indireto. Em alguns casos, por questões de estilo, adiciona-se um preposição ao objeto direto. Neste caso o objeto direto é dito preposicionado.
Exemplos
Aviões possuem asas. - Asas é o objeto direto do verbo possuir.
Gosto de escrever. - de escrever é objeto indireto do verbo gostar.
Neguei tudo aos impostores. - tudo é objeto direto e aos impostores é objeto indireto do verbo negar.
Ele ama a Deus - a Deus é um objeto direto preposicionado. Observe que o verbo amar não exige a preposição.
Objeto direto - OD
Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo direto. O objeto direto liga-se ao verbo sem o auxílio de uma preposição. Indica o paciente, o alvo ou o elemento sobre o qual recai a ação.
Identificamos o Objeto direto, quando perguntamos ao verbo: "quem" ou "o quê". A resposta será o Objeto Direto.
Exemplos
Vós admirais os companheiros. -Perguntamos, Vós admirais o quê? A resposta é 'os companheiros', que é o objeto direto.
Nós amamos Julieta. -Perguntamos, nós amamos quem? A resposta é 'Julieta', que é o objeto direto da oração...
Maria vendia doces. -Perguntamos, Maria vendia o que? A resposta é 'doces', que é o objeto direto.
Ivano ama Hortência. -Perguntamos, Ivano ama quem? A resposta é 'Hortência', que é o objeto direto.
Objeto direto preposicionado
Há casos, no entanto, que um verbo transitivo direto aparece seguido de preposição, que, por sua vez, precede o objeto direto. Nesses casos temos o chamado objeto direto preposicionado.
Ex: Vós tomais do vinho. -Esta construção se faz da contração de termos como: Vós tomais "parte" do vinho
O objeto direto é obrigatoriamente preposicionado quando expresso:
por pronome pessoal oblíquo tônico;
pelo pronome relativo "quem", de antecedente claro;
por pronome átono e substantivo coordenados.
Objeto indireto - OI
O objeto indireto é o termo da oração que completa um verbo transitivo indireto, sendo obrigatoriamente precedido de preposição.
Identificamos o Objeto indireto, quando perguntamos ao verbo: "a quem" ou "a quê". A resposta será o Objeto indireto.
Objeto indireto reflexivo
O objeto indireto reflexivo é o objeto indireto que indica a reflexão da ação do sujeito. Exemplo:
O dono da casa deu-se o prazer de uma torta.
Exemplos
André obedece aos pais.
Mariana obedeceu a sua avó
Toby, o cachorro, obedeceu a Amanda

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Colocação Pronominal

Regras gerais de colocação pronominal

Ênclise – é a colocação normal do pronome na língua culta. (depois do verbo)
Ex.: Levantei-me cedo hoje.

Mesóclise – É a colocação do pronome quando o verbo se encontra no futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que não haja condição de próclise. (no meio do verbo)
Exs.: O torneio de xadrez realizar-se-á no início da primavera.
Contar-lhe-ia o segredo, se pudesse.

Próclise – É a colocação do pronome quando antes do verbo há palavras que exercem atração sobre ele, como:
• Palavra negativa (não, nem, nunca, ninguém, nenhum, nada, jamais...) não seguida de pausa. Ex.: Nunca nos revelou sua verdadeira identidade.
• Advérbio não seguido de vírgula. Ex.: Depois me dirigi ao balcão de informações.
Obs.: Havendo vírgula depois de palavra negativa ou de advérbios, usa-se ênclise. Exs.: Não, disse-me ele, não me deve mais nada.
Em seguida, despediu-se de todos gentilmente.
• Pronomes relativos e indefinidos. Exs.: O rapaz que me procurou vendia dicionários. / Quem te acompanhou até aqui?
• Conjunção subordinativa. Ex.: Pensei que lhe dariam o emprego.
• Preposição “em”, seguida de gerúndio. Ex.: Em se tratando de brigas familiares, não me meto.
• Infinitivo pessoal precedido de preposição. Ex.: Para se desculparem, enviaram-nos flores e bombons.
• Orações optativas, exclamativas ou interrogativas, com sujeito antes do verbo. Ex.: Deus lhe pague, moço!

Obs.: Havendo entre a palavra que exerce atração e o pronome oblíquo um termo ou oração intercalados, a próclise continua sendo necessária. Observe: Nunca, é bom saberem, lhe pedi dinheiro.



Colocação dos pronomes átonos nas locuções verbais

Nas locuções verbais ocorrem as seguintes colocações de pronomes:

Com verbo auxiliar + infinitivo ou gerúndio

Se não houver fator que justifique a próclise, o pronome poderá ser colocado:
• Depois do verbo auxiliar.
Exs.: Devo-lhe mandar o livro ainda hoje.
Vinha-se arrastando pelas ruas.
• Depois do infinitivo ou gerúndio.
Exs.: Devo mandar-lhe o livro hoje.
Vinha arrastando-se pelas ruas.

Se houver fator que justifique a próclise, o pronome poderá ser colocado:

• Antes do verbo auxiliar.
Exs.: Nada lhe devo contar.
Todos nos estavam esperando.
• Depois do infinitivo ou gerúndio.
Exs.: Nada devo contar-lhe.
Todos estavam esperando-nos.

Observações:
1ª Havendo preposição entre o verbo auxiliar e o infinitivo, a colocação do pronome é facultativa.
Ex.: A moça há de acostumar-se com a vida de casada. / A moça há de se acostumar com a vida de casada.
2ª Com a preposição a e o pronome oblíquo o (e variações), o pronome deverá ser colocado depois do infinitivo.
Ex: Tornou a vê-los depois do casamento.

Com verbo auxiliar + particípio

Se não houver fator que justifique a próclise, o pronome ficará depois do verbo auxiliar.
Ex.: Haviam-me oferecido um bom emprego.

Se houver fator que justifique a próclise, o pronome ficará antes do verbo auxiliar.
Ex.: Não me haviam oferecido nada de bom.

TIPOS DE PREDICADO

Tipos de predicado

Segundo a informação contida no predicado, ele pode ser:
Verbal;
Nominal;
Verbo-nominal.

Ø Predicado verbal (PV) – É aquele que informa uma ação. O núcleo do predicado verbal é o próprio verbo.
Exs.:
As árvores florescem na primavera. (VI)
Os pássaros fazem seus ninhos. (VTD)
Nós concordamos com você. (VTI)
Os alunos prestaram uma homenagem ao professor. (VTDI)

Ø Predicado nominal (PN) – É aquele que informa um estado do sujeito. Nesse predicado o verbo é de ligação. O núcleo do predicado nominal é a característica do sujeito contida no predicado.
Exs.:
Aquelas esculturas eram valiosas.
A população permanecia apreensiva.
Este homem parece uma criança.

IMPORTANTE
Predicativo do sujeito é o termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. Todo predicado construído com verbo de ligação necessita de predicativo do sujeito.
Exs.:
As crianças continuam felizes. (VL) + (predicativo do sujeito)
As atitudes de alguns homens são imperdoáveis. (VL) + (predicativo do sujeito)

O predicativo também pode aparecer com outros verbos.
Exs.:
As crianças saíram satisfeitas. (VI) +(Predicativo do sujeito)
Os bancários terminaram o trabalho aliviados. (VTD) +(OD) + (Predicativo do sujeito)

O predicativo do sujeito pode ser representado por um adjetivo, locução adjetiva, substantivo, palavra substantivada, pronome substantivo ou numeral.
Exs.:
O seu gesto foi delicado. (adjetivo)
A comida está sem sabor. (locução adjetiva)
A lua parece uma bola. (substantivo)
Amar é viver. (palavra substantivada)
Meu carro não é esse. (pronome substantivo)
Nós somos cinco em casa. (numeral)

Ø Predicado verbo-nominal (PVN) – é aquele que expressa uma dupla informação: ação e estado. Por fornecer duas informações, é constituído por dois núcleos: um verbo e um nome (predicativo).
Exs.:
Os gatos olhavam aflitos. (VI) + (predicativo do sujeito)
O dentista voltou sério. (VI) + (predicativo do sujeito)
Os alunos fizeram a prova tranquilos. (VTD) + (OD) + (predicativo do sujeito)
Os alunos retornaram da excursão felizes. (VTI) + (OI) + (predicativo do sujeito)

IMPORTANTE
Há predicados verbo-nominais em que o predicativo não se refere ao sujeito, mas ao objeto.
Exs.:
Os colegas consideram Daniel inteligente.
O predicativo “inteligente” se refere ao OD Daniel e não ao sujeito “colegas”. = predicativo do objeto.
Os alunos acharam fácil a prova.
O predicativo “fácil” se refere ao OD “a prova” e não ao sujeito “alunos”. = predicativo do objeto.
Eu achava horrível qualquer filme de terror.
O predicativo “horrível” se refere ao OD “qualquer filme de terror” e não ao sujeito “eu”. = predicativo do objeto.

Obs.: O predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre com objeto indireto com o verbo chamar. Chama-lhe ingrato. (Chama a ele ingrato)

SUJEITO

Sujeito

Em análise sintática, o sujeito é um dos termos essenciais da oração, responsável por realizar ou sofrer uma ação ou estado.
Segundo uma tradição iniciada por Aristóteles, toda oração pode ser dividida em dois constituintes principais: o sujeito e o predicado.
Para os verbos que denotam ação, frequentemente o sujeito da voz ativa é o constituinte da oração que designa o ser que pratica a ação e o da voz passiva é o que sofre suas consequências. Sob outra tradição, o sujeito (psicológico) é o constituinte do qual se diz alguma coisa. Segundo Bechara, "É o termo da oração que indica a pessoa ou a coisa de que afirmamos ou negamos uma ação ou qualidade".
Exemplos
O menino brinca. - Os meninos brincam.
O livro é bom. - Os livros são bons.
Didaticamente, fazemos uma pergunta para o verbo: Quem é que? ou Que é que? ― e teremos a resposta; esta resposta será o sujeito.
"O menino brinca." Quem é que brinca? O menino. Logo, o menino é o sujeito da frase.
"O livro é bom." Que é que é bom? O livro. Logo, o livro é o sujeito da frase.
Tipos de Sujeito
O sujeito pode ser, segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), classificado em simples, composto, indeterminado, desinencial ou implícito e inexistente. Nesse último caso, temos o que se convencionou chamar de oração sem sujeito.

1. Sujeito simples
É o sujeito que tem apenas um núcleo representativo. Aumentar o número de características a ele atribuídas não o torna composto. Exemplos de sujeito simples (o sujeito está em negrito):
Maria é uma garota bonita.
A pequena criança parecia feliz com seu novo brinquedo.
Ivana é chata.

2. Sujeito composto
É aquele que apresenta mais de um núcleo representativo, escrito na oração.
Pedro e Paulo são amigos.
Paula e Carla fizeram compras no sábado.
Bruna e Michelle trabalham juntas.
O sujeito também pode vir depois do verbo:
Saíram Pedro e Paulo.
Saiu Pedro e Paulo.
Note que, no segundo caso, o verbo "saiu" concorda com o sujeito "Pedro", mais próximo a ele. Isso é permitido apenas quando o sujeito composto está posposto ao verbo; chama-se concordância atrativa.

3. Sujeito desinencial, implícito, oculto, elíptico ou subentendido
Sujeito oculto, elíptico ou desinencial é aquele que não vem expresso na oração, mas pode ser facilmente identificado pela desinência do verbo.
Fechei a porta.
Quem abriu a porta?
Apesar do sujeito não estar expresso, pode ser identificado na oração: Fechei a porta Eu. E na frase Quem abriu a porta?, o identificado é ele.
Obs.: As classificações do sujeito, em Língua Portuguesa, são apenas três: simples, composto e indeterminado. Dar o nome de Sujeito desinencial, elíptico ou implícito não equivale a classificar o sujeito, mas somente determinar a forma como o sujeito simples se apresenta dentro da estrutura sintática. No mais, a classificação Sujeito Oculto foi abolida, por questões técnico-formais e lingüistico-gramaticais, passando a denominar-se Sujeito Simples Desinencial, uma vez que se pode determiná-lo através dos morfemas lexicais terminativos das formas verbais, situação na qual, para indicar que o sujeito se encontra elíptico usa a forma pronominal reta equivalente à pessoa verbal entre parênteses. Assim, na estrutura sintática: "Choramos todos os dias", para indicar o sujeito simples subentendido na forma verbal, colocamo-lo entre parênteses da seguinte forma: (Nós)= Sujeito Simples Desinencial.

4. Sujeito indeterminado
Sujeito indeterminado é o que não se nomeia ou por não se querer ou por não se saber fazê-lo. Podemos dizer que o sujeito é indeterminado quando o verbo não se refere a uma pessoa determinada, ou por se desconhecer quem executa a ação ou por não haver interesse no seu conhecimento. Aparecerá a ação, mas não há como dizer quem a pratica ou praticou.

Há três maneiras de identificar um sujeito indeterminado:
a) O verbo se encontra na 3ª pessoa do plural.
Dizem que eles não vão bem.
Estão chamando o rapaz...
Disseram que ele morreu.

b) Com um Verbo Transitivo Indireto, somente na 3ª pessoa do singular, mais a partícula se.
Precisa-se de livros. (Quem precisa, precisa de alguma coisa → verbo transitivo indireto)
Necessita-se de amigos. (Quem necessita, necessita de alguma coisa → verbo transitivo indireto)
A palavra se é um índice de indeterminação do sujeito, pois não se pode dizer quem precisa ou quem necessita.
Cuidado! Caso você encontre frases com Verbo Transitivo Direto:
Compram-se carros. (Quem compra, compra alguma coisa → verbo transitivo direto)
Vende-se casa. (Quem vende, vende alguma coisa → verbo transitivo direto)
Não se caracteriza sujeito indeterminado, pois nos casos de VTD, a partícula "se" exerce a função de partícula apassivadora e a frase se encontra na voz passiva sintética. Transpondo as frases para a voz passiva analítica, teremos:
Carros são comprados (sujeito: "Carros");
Casa é vendida (sujeito: "Casa").

c) Com um Verbo Intransitivo, somente na 3ª pessoa do singular, mais a palavra se, índice de indeterminação do sujeito.
Vive-se feliz, aqui.
Aqui se dorme muito bem.

5. Orações Sem Sujeito
Observação: Dar o nome de Oração sem Sujeito (OSS) não se constitui, formalmente, da classificação do sujeito, mas da oração enquanto estrutura lingüística desprovida de sujeito.
Há verbos que não têm sujeito, ou este é nulo. A língua desconhece a existência de sujeito de tais verbos. Uma oração é sem sujeito quando o verbo está na terceira pessoa do singular, sobretudo os seguintes:

a) Com os verbos que indicam fenômenos da natureza, tais como anoitecer, trovejar, nevar, escurecer, chover, relampejar...
• Trovejou muito.
• Chove muito no Amazonas.
OBS: Esses mesmos verbos têm sujeito quando são utilizados em sentido figurado.

b) Com o verbo haver, significando existir, realizar, acontecer.
Ainda há amigos.
Haverá aulas amanhã.
Há dois dias que não durmo.

c) Com os verbos fazer, haver e estar indicando tempo, decorrido ou não.
Está quente esta noite.
Faz dez anos que não o vejo.
Faz calor terrível no verão.
Está na hora do recreio.

d) Com o verbo ser indicando tempo.
Era uma vez.
Foi em janeiro.

e) Com os verbos ir, vir e passar indicando tempo.
Já passa de um ano... .
Já passa das cinco horas.
Observação importante: existem advérbios que exercem claramente a função sintática de sujeito, a qual é própria de substantivos.
Amanhã é feriado nacional. (O dia de amanhã...)
Aqui já é Vitória (Este lugar...)
Nota: Oração Sem Sujeito também pode ser chamada de OSS.

EU OU MIM?

Eu ou mim?


Os pronomes pessoais eu e tu desempenham a função de sujeito, enquanto os oblíquos tônicos mim e ti desempenham outras funções.
Os pronomes pessoais retos eu e tu (somente esses) não podem , na variedade padrão, vir regidos de preposição e desempenhar a função de complemento.
Os pronomes pessoais oblíquos – mim e ti –, quando regidos de preposição, desempenham a função de complemento.
Ex.: Não há mais nada entre mim e você. Adj. Adv.
Os alunos trouxeram flores para ti. OI

Conosco ou com nós? Consigo ou...?

Na variedade padrão, os pronomes oblíquos si e cnsigo só podem ser empregados como reflexivos na 3ª pessoa:

Exs.:
Vaidosa, ela só falava de si mesma.
O professor trouxe as avaliações consigo.

Os demais, comigo, contigo, conosco, convosco, são utilizados normalmente.
Ex.:
Ela simpatizou comigo/conosco.

O emprego de com vós e com nós é admitido quando estes forem reforçados por outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou qualquer numeral.
Ex.:
Ele já discutiu com nós ambos/com nós dois.


Função sintática dos pronomes pessoais

Conforme você deve ter observado, os pronomes pessoais:
1º são sempre pronomes substantivados;
2º para distingui-los e empregá-los, é necessário saber que função sintática desempenham na oração.

Assim:
• Os pronomes retos empregam-se como sujeito e predicativo do sujeito:
Eu sou eu, ora. (predicativo do sujeito)
• Os pronomes oblíquos (átonos e tônicos) geralmente exercem na frase a função de objeto direto ou indireto.

Os átonos de 3ª pessoa o, a, os, as funcionam como objeto direto; lhe, lhes, como objeto indireto; os demais, me, te, se, nos, vos, podem ser objeto direto ou indireto, dependendo da predicação do verbo que completam.
Exs.:
Convidou-me/os a sair. OD
Emprestaram-me/lhe os livros. OI

Os tônicos são sempre precedidos de preposição. Por isso, sua função sintática só pode ser determinada pela predicação do verbo ou do nome ao qual servem de complemento.
Exs.:
Carolina é fiel a ele. CN
O trabalho foi feito por mim. Agente da passiva

Em muitos casos, o pronome oblíquo pode equivaler a um pronome possessivo, situação em que exerce a função de adjunto adnominal.
Exs.:
Rasgaram-me o livro. Adj. Adn.
Rasgaram o meu livro. Adj. Adn.


Utilização dos pronomes demonstrativos

Em relação ao espaço:
• Este(s), esta(s) e isto indicam o que está perto da pessoa que fala. (Este relógio de bolso que estou usando pertence ao meu avô).
• Esse(s), essa(s) e isso indicam o que está perto da pessoa com quem se fala. (Mamãe, passe-me, por favor, essa revista que está perto de você).
• Aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam o que está distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem se fala. (Olhem aquela casa. É um exemplo da arquitetura colonial brasileira).

Em relação ao tempo:
• Este(s), esta(s) e isto indicam o tempo presente em relação à pessoa que fala. (Esta tarde irei ao supermercado fazer a compra do mês).
• Esse(s), essa(s) e isso indicam o tempo passado, mas relativamente próximo à época em que se situa a pessoa que fala. (Essa noite dormi mal; tive pesadelos horríveis).
• Aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam um afastamento no tempo, referido de modo vago ou como tempo remoto. (Naquele tempo, os filhos das classes abastadas iam estudar em Portugal)

Em relação ao falado ou escrito ou ao que se vai falar ou escrever

• Este(s), esta(s) e isto são empregados quando se quer fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se vai falar. (São estes os assuntos da reunião: informes gerais, discussão do uso das quadras nos intervalos entre as aulas, abertura da cantina aos domingos).
• Esse(s), essa(s) e isso são empregados quando se quer fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou. (Sua participação nas olimpíadas de matemática, isso é o que mais desejamos agora).
• Este e aquele são empregados quando se faz referência a termos já mencionados; aquele para o referido em primeiro lugar e este para o referido por último. (Pedro e Paulo são alunos que se destacam na classe: este pela rapidez com que resolve os exercícios de Matemática; aquele pela criatividade em produção de textos).

Função sintática dos pronomes

Os pronomes possessivos, demonstrativos, indefinidos e interrogativos, quando são adjetivos, desempenham na oração a função de adjunto adnominal; quando são substantivos, desempenham na oração as funções próprias dos substantivos, ou seja, de sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc. Veja os exemplos:
Empreste-me seu caderno. Esqueci o meu em casa.
Adj. Adn. = Pron. Adj. / OD = Pron. Subst.

Ninguém imaginava quem era aquele ilustre visitante.
Suj. = Pron. Subst. / Suj. = pron. Subst. / Adj. and. = pron. Adj.

Função sintática dos pronomes relativos

Os pronomes relativos assumem um duplo papel no período: representam um antecedente e servem de elemento de subordinação na oração que iniciam. Por isso, sempre desempenham nas orações que iniciam uma função sintática, que pode ser de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, adjunto adnominal, adjunto adverbial, complemento nominal e agente da passiva.
Observe:

O remédio custa muito caro. Eu preciso do remédio. OI
O remédio de que preciso custa muito caro. OI

O pronome relativo cujo funciona geralmente como adjunto adnominal; e o relativo onde, como adjunto adverbial:

A família a cujo imóvel se referem mudou-se do Brasil. Adj. Adn.
A cidade onde nasci é muito calma e agradável. Adj. Adv.

PRONOMES I

Pronome


Os pronomes constituem a classe de palavras categoremáticas, ou seja, são palavras cujo significado é apenas categorial, sem representar nenhuma matéria extra-lingüística. A análise de um pronome em isolado não permitiria identificar nele um significado léxico dentro de si mesmo, pois seu significado na frase ocorre de acordo com a situação ou outras palavras do contexto.
Assim, o pronome adquire sua classe de acordo com sua função na frase, de acordo com a coesão textual, e por isto os pronomes são substantivos, adjetivos, ou adjuntos. Todavia, ao contrário dessas classes de palavras, o pronome não aceita sufixos aumentativos, diminutivos, e superlativos tais como ão, zão, inho, íssimo, etc, no que são semelhantes aos numerais.
Essencialmente, um pronome é uma única palavra (ou raramente uma forma mais longa), que funciona como um sintagma nominal completo.

A semântica caracteriza o pronome por indicar algo, caracteriza-o como dêixes;
dêixes quer dizer apontar para, pois se formos observar, o pronome atua na frase remetendo a algo dentro dela, ou em seu exterior, apontando e se referindo a outros elementos do contexto, situação, discurso.
O pronome (dêixes) divide-se primeiramente em três tipos, de acordo com essa idéia de referência, dêixes ad oculos, dêixes anafórica, dêixes catafórica. Todos estes tipos indicam a condição do pronome em relação aos falantes do discurso.
• Dêixes Ad Oculos: O dêixes ad Oculos é situacional, um pronome com dêixes situacional aponta para um elemento que está presente para o(s) falante(s).

É óbvio que isto é melhor que aquilo!

Na frase sugerida como exemplo, os pronomes substantivos isto e aquilo não se referem aparentemente a qualquer substântivo em específico, pois apontam para algo que apenas durante o enunciado seria possível conhecer, que estaria presente apenas na enunciação.
• Dêixes Anafórica: Um pronome com dêixes anafórica aponta para um elemento que foi dito ao longo da frase, e que pode ser encontrado através de coesão textual.

Fui professora durante minha juventude, mas já não o sou agora.

Na frase sugerida como exemplo, o pronome demonstrativo O remete no caso à profissão de professor do sujeito da frase, já citada anteriormente.
• Dêixes Catafórica: A dêixes catafórica aponta para um elemento que ainda não foi citado no discurso, ou mesmo que não presente dentro dele.

Farei-o, libertarei o Brasil do domínio português.

Na frase sugerida como exemplo, o pronome demonstrativo O , que é alvo da ação verbal, faz referência ao ato de libertar o Brasil, uma ação que é enunciada apenas após a aparição do pronome.
• Dêixes em Fantasma: Há um quarto tipo de dêixes estabelecido por K. Brugmann e que se encaixaria no primeiro e no terceiro tipo de dêixes, seria um quarto tipo especial intitulado como Dêixes em Fantasma. A dêixes em fantasma aconteceria em uma conversa hipotética em que o falante transporta o ouvinte a um cenário de fantasia e no qual usa pronomes para apresentar ao ouvinte os supostos elementos ali dispostos. Embora tenha valor dentro de uma consideração psicológica, normativamente não há diferença real, é mais prático ter a Dêixes em Fantasma encaixada nas outras duas categorias.
É ainda de acordo com a semântica que os pronomes classificam-se em vários tipos: pessoais, possessivos, demonstrativos (incluindo nesta classificação também o artigo definido de acordo com o o caso), indefinidos (incluindo nesta classificação também o artigo indefinido de acordo com o o caso), interrogativos, e relativo. Alguns pronomes são:mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, eles, elas
Pronome Substantivo e Pronome Adjetivo
Como já foi observado, um pronome aponta para algum elemento do enunciado, e localiza este elemento (objeto-substantivo) dentro do enunciado. Quando ele faz referência a um elemento que surge explicito no enunciado, é um pronome adjetivo ou adjunto; quando porém, ele faz referência a um elemento que não foi citado, e é encaixado no lugar dele, então caracteriza-se como pronome substantivo ou absoluto.

Pronome pessoal: Pessoais Retos e Pessoais Oblíquos
Os pronomes pessoais apontam sempre para as duas pessoas do enunciado (Eu, Tu, Nós, Vós) e para a terceira pessoa não inserida no enunciado, que alguns gramáticos chamam por isto de não-pessoa, e que é a terceira pessoa do plural e também do singular (Ele, Ela, Eles, Elas). Deve-se compreender que quando elas são chamadas assim, é por se referirem a elas no enunciado, mas não o construirem, participarem dele.
Os pronomes pessoais dividem-se em retos e oblíquos, os pronomes retos são Eu, Tu, Ele, Ela, Nós, Vós, Eles, Elas, e funcionam sujeito. É importante ver que cada pronome pessoal reto possui seus respectivos pronomes pessoais oblíquos, e por sua vez os pronomes pessoais oblíquos se dividirão em átonos (fracos) e tônicos (fortes), sendo que cada pronome tônico vem sempre atrelado a uma preposição.
Pronomes pessoais
Pessoa Pronome pessoal reto Pronome pessoal oblíquo
Átonos Tônicos
Singular1ª Eu me mim, comigo
2ª Tu te ti, contigo
3ª Ele, ela se, lhe, o, a si, consigo, ele, ela
Plural 1ª Nós nos nós, conosco
2ª Vós vos vós, convosco
3ª Eles, elas se, lhes, os, as eles, elas, si, consigo

A) Pronomes Pessoais Oblíquos Tônicos com preposições atreladas:
• Os nossos sonhos estão perdidos de nós mesmos.
• Os homens todos perdem quando dois deles brigam entre si.
• Sei o que cabe a mim fazer.

Pronome Oblíquo Reflexivo
Quando é usado o pronome oblíquo reflexivo, isto quer dizer que a ação da oração recai sobre o próprio sujeito que a praticou. Observando isto de forma mais técnica, a reflexividade é quase uma inversão da norma, por que com ela não há a transitividade verbal de um alvo A para um alvo B, o verbo é praticado por A e reflete sobre A.
• Eu me demorei escrevendo este artigo!
• Ele se matou hoje pela manhã.
• Eu não me vanglorio disso. (O 'me' poderia referir-se a que outro 'eu'?)
• Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
• Assim tu te prejudicas. (Mesma coisa com o 'te')
• Conhece-te a ti mesmo.
• Lavamo-nos no rio.
• Vós vos beneficiastes com a Boa Nova.

Pronome Oblíquo Recíproco
Trata-se de um pronome que transmite a idéia de que a ação praticada na oração ocorre entre os sujeitos dela simultaneamente, com reciprocidade; neste caso são utilizados os pronomes nos, vos, se.
• Nós nos ajudamos para editar o artigo.
• Eles se entenderam depois da briga.
• Elas se abraçaram como verdadeiras amigas!

Pronomes em Formas de Tratamento
Entre os pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento ou formas pronominais de tratamento, que são formas substantivas de tratamento indireto, e se referem à segunda pessoa do discurso, mas sua concordância é feita em terceira pessoa. São palavras ou expressões que substituem o pronome pessoal no discurso. O pronome de tratamento é uma maneira de se referir ou tratar com uma pessoa utilizando-se de seus atributos ou com referência a posição familiar, profissional, religiosa, social, etc que ocupam.
• Vossa eminência. (cardeais)
• Vossa Onipotência ( para Deus)
• Vossa reverendíssima (sacerdotes)
• Vossa Majestade (reis, imperadores)
• Vossa Alteza (príncipes, Duques)
Nota: No Brasil, costuma-se usar o pronome 'si' também com sentido reflexivo, contudo o mesmo não ocorre em Portugal. Portanto, uma oração como "Ela falou de si" seria genéricamente entendida no Brasil como "de si mesma" enquanto em Portugal como "de outrem". O mesmo vale para 'consigo': "Antônio conversou consigo mesmo".
Nota: A gente: utilizar o substantivo gente associado ao artigo definito A remetendo a um grupo de pessoas (Eu + Tu, Eu + Nós, Eu + Eles, etc) é caracterizado como pronome de língua informal e sua conjugação se faz com verbo na terceira pessoa do singular.
Nota: Você: é um pronome de uso coloquial popularizado; tem como origem o pronome de tratamento Vossa Mercê, hoje em desuso assim como vós, embora com uso de Tu, sua conjugação se faz pela terceira pessoa do singular; já a forma plural ‘vocês’ tem conjugação pela terceira pessoal do plural.

Pronome Possessivo
São aqueles que se referem às três pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa. Flexionam-se em gênero e número, concordando com a coisa possuída, e em pessoa, concordando com o possuidor.

Pronomes possessivos
Pessoa Singular Plural
Masc. Fem. Masc. Fem.
Singular1ª meu minha meus minhas
2ª teu tua teus tuas
3ª seu sua seus suas
Plural 1ª nosso nossa nossos nossas
2ª vosso vossa vossos vossas
3ª seu sua seus suas

Pronome Possessivo Adjetivo
Como já foi observado, o pronome possessivo atribui posse à alguma das pessoas do discurso; quando o pronome possessivo é empregado ele pode estar se refereindo a um objeto que já foi citado e que por isso não precisa ser repetido, ou a um objeto que sequer foi citado.
Quando o pronome possessivo faz referência a um substantivo já citado, atribuindo sua posse a um sujeito, ele tem função ADJETIVA ou de ADJUNTO.
• O MEU coturno é melhor que o TEU.
Os dois pronomes estão adjetivando o substantivo coturno, já citado.

Pronome Possessivo Substantivo
Quando um pronome possessivo faz referência a um substantivo que não foi sequer enunciado, ele acaba cumprindo o papel desse substantivo ausente dentro da frase, e é portanto um pronome possessivo substantivo ou também chamado pronome possessivo absoluto.
• O MEU é melhor que o TEU.
Os dois pronomes estão referindo à posse de algo que não foi citado na frase e estão em lugar dele.

Pronome Indefinido
São aqueles que se referem a substantivos de modo vago, impreciso ou genérico. São pronomes indefinidos aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de modo, ou em quantidade, indeterminada. Um pronome indefinido pode ser variável ou invariável:

Pronomes Indefinidos Substantivos (Invariáveis)
- Os invariáveis não se alteram com desinências para ter concordância verbal, serão sempre os mesmos independente de contexto masculino, feminino, plural, ou singular; e por isso também atuarão como pronomes substantivos:

Pronomes Indefinidos Substantivos
Alguém, Ninguém, Tudo, Nada, Algo, Outrem
Pronomes Indefinidos Adjetivos (Variáveis)
Os variáveis são aqueles que se alteraram para concordar com seu contexto, e terão função adjetiva.

Pronomes Indefinidos Adjetivos
Todo, toda, um, uma, algum, alguma, nenhum, nenhuma, certo, certa, muito,
muita, outro, outra, pouco, pouca, tanto, tanta, qualquer, quaisquer, cada
Nota: Cada: embora seja pronome indefinido adjetivo, é o único que não é variável.
Nota: A disposição das palavras no enunciado muda o sentido do texto, bem como sua classificação.
• "Certos objetos chegam na hora certa."
A primeira ocorrência da palavra ‘certos’ é realmente um pronome indefinido adjetivo variável, porém a segunda ocorrência é um adjetivo em estado puro.

Pronome Demonstrativo
São aqueles que indicam a posição do ser no espaço (em relação às pessoas do discurso), no tempo ou dentro do próprio texto (coesão textual). Essa classe pronominal possui as seguintes relações com as pessoas do discurso:
• primeira pessoa: este, esta, estes, estas, isto.
Indicam algo próximo à primeira pessoa, de acontecimento quase simultâneo ou que será citado mais adiante no texto.
• segunda pessoa: esse, essa, esses, essas, isso.
Indicam algo próximo à segunda pessoa, que aconteceu há pouco tempo ou que foi citado anteriormente no texto.
• terceira pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
Indicam algo próximo à terceira pessoa, que aconteceu há muito tempo ou com algo que vem antes em uma enumeração de coisas.
Os pronomes "isto", "isso" e "aquilo" são classificados geralmente como demonstrativos, mas funcionam como pronomes pessoais de terceira pessoa, representantes do gênero neutro.

Outros pronomes demonstrativos
mesmo, mesma, mesmos, mesmas: quando têm sentido de "idêntico", "em pessoa";
próprio, própria, próprios, próprias: quando têm sentido de "idêntico", "em pessoa";
semelhante, semelhantes; são demonstrativos quando equivalerem a "tal" ou "tais";
tal, tais;é pronome demonstrativo quando equivale a este,esse,isso etc.
o, a, os, as: quando puderem ser substituídos por "isto", "isso", "aquilo" e variações.

Pronome Relativo
O pronome relativo é em geral um pronome de dêixes anafórica, ou seja, um pronome de retorno que está apontando para algo que já foi citado, para um elemento anterior. Afora isto, o pronome relativo pode apresentar dois diferentes papéis gramaticais, esse com dêixes anafórica, e ainda o de transpositor de oração.
• Bloquearam a página para edição, a qual ficou incompleta. (pronome relativo a qual)
• Ela me mostrou uma página de usuário que eu gostei! (pronome relativo que)

Pronomes Relativos
qual, o qual, a qual os quais, as quais, cujo, cuja, cujos cujas,
Que quanto, quantas, quantos, onde
A) Transpositor de Oração Pronome Relativo Que: O transpositor pronome relativo que age fazendo a ligação de duas orações independentes uma da outra, e então quando isto ocorre uma delas fará adjetivação se tornando adjunto adnominal daquilo apontado.
• Eles são wikipedistas [que] trabalham em artigos novos.
Eles são wikipedistas + Os wikipedistas trabalham em artigos novos.
Nota: Quem funciona como pronome relativo quando aponta para elementos citados, e é precedido de preposição.
• Ele foi o wikipedista de quem mais se falou.

Pronome Interrogativo
Os pronomes interrogativos consistem em pronomes relativos (quem, que, qual quanto e variações) com referência à pessoas e coisas, e são utilizados em perguntas diretas ou indiretas.
• Quem editou este artigo?
• Que bloqueio, senhor administrador?
• Que editaste?
• Qual administrador editou?
• Qual foi feito?
• Quantos eram?
• Quantos artigos editou?
• Quem fez este serviço?
Quem: Em linhas gerais faz referência indivíduos, e é um pronome substantivo.
Que: Em linhas gerais faz referência a indivíduos e coisas, ou indicador de seleção como no quarto exemplo, e é um pronome substantivo e adjetivo.
Qual: Em linhas gerais busca fazer uma diferenciação, selecionar, e é pronome adjetivo.
Nota: O que: é uma forma enfatizada de Que;
Nota: Quem também pode ser caracterizado como pronome relativo indefinido de uso absoluto.
Atenção!
O uso de classificação pronominal requer muita atenção, posto que alguns pronomes variam de classificação de acordo com sua posição na frase, como foi mostrado; e não obstante isto, MUITAS outras palavras, não citadas acima, tem valor pronominal quando empregadas em certos contextos. Há muitos erros comuns no que tange à classificação pronominal.
• O pronome O, quando empregado sem valor demonstrativo, e antecedendo um substantivo explicito ou oculto, perde de imediato seu caráter de pronome, e é considerado artigo definido!
• O, os, a, as que surgem atrelados a vários pronomes como os relativos, que surgem muitas vezes precedidos deles, são meras PREPOSIÇÕES, fora de tal situação em geral são artigos definidos!
• Os pronomes indefinidos quantitativos podem ser frequentemente confundidos com adjuntos adverbiais.
Ele sabia muito sobre a wikipedia. (adjunto adverbial).
Muito já fiz. (pronome)
Pronomes em outros idiomas
• Nas línguas indo-européias, os pronomes formam uma classe gramatical presente em todos os idiomas, embora com algumas variações.
• Nas línguas urálicas, não existem pronomes pessoais nem possessivos. Apenas a flexão do verbo é suficiente para determinar a pessoa e a posse é designada pelo caso genitivo, que assume uma forma diferente para cada pessoa.
• Em espanhol há um pronome de terceira pessoa para indicar o gênero neutro ("ello").
• Em latim não há pronome pessoal de terceira pessoa, sendo substituídos por pronomes demonstrativos.
• Em inglês, todos os pronomes são declinados em caso (nominativo, acusativo e possessivo). Os pronomes demonstrativos não se flexionam em gênero.
• Na maioria das línguas indo-européias, assim como em japonês, pode existir mais de um pronome de segunda pessoa, chamados "pronomes de tratamento", dependendo do grau de proximidade e respeito a que se dedica ao interlocutor.
• Em espanhol europeu existem os pronomes "tú" e "usted" (singular), "vosotros" e "ustedes" (plural).
• Em inglês o pronome "you" é de uso genérico, mas raramente, em ocasiões solenes, usam-se os pronomes "thou" (singular) e "ye" (plural), com os respectivos oblíquos "thee" e "you" e possessivos "thy/thine" e "your/yours".
• Em francês são usados os pronomes "tu" e "vous".
• Em japonês os pronomes de primeira pessoa variam de acordo com o sexo do falante e de acordo com a circunstância em que é usado, além de os pronomes de tratamento serem diferentes inclusive para pessoas próximas (quando se dirige a um filho, ao marido, ao chefe, a um subordinado, a um amigo, etc.). O pronome "atashi" significa "eu" quando é uma mulher que fala, enquanto "boku" significa "eu" quando é dito por um homem. Os pronomes "watashi" e "watakushi" são usados por ambos, em circunstâncias formais.
• Em alemão, o pronome pessoal "Sie" (maiúsculo) significa: "o senhor", "a senhora", "os senhores", "as senhoras", mas "sie" (minúsculo) significa: "ela", "elas", "eles"
• Em sueco há quatro gêneros de pronomes pessoais para terceira pessoa no singular: masculino, feminino, comum e neutro. O gênero comum serve para designar animais e plantas, e o gênero neutro serve para designar objetos inânimados.
• Em basco há um pronome de segunda pessoa neutro ("zu") e um pronome de segunda pessoa não formal mas familiar ("hira").